Antibes: Jazz, Artes Plásticas e Cinema

Pense em uma cidade banhada pelo Mediterrâneo, com um mar azul que inspirou o artista plástico Yves Klein, sofisticada sem ser esnobe e que foi o reduto dos grandes artistas do século XX como Picasso, Fernand Léger, Rodolfo Valentino, Jean Cocteau e Cole Porter. Pense ainda em uma cidade que acolhe um dos maiores festivais de Jazz do planeta e que foi onde Scott e Zelda Fitzgerald escreveram “ O Grande Gatsby”. Essa cidade é Antibes.

Símbolo da verdadeira aristocracia, que conhece a fundo os bons modos e por isso mesmo se dá o direito de transgredi-los, Antibes é uma cidade que respira arte. Lá se encontra um dos mais importantes museus dedicados a Picasso (que lá produziu muitas obras em 1945 e 1946) e oferece uma rota dos pintores além de um simpático museu arqueológico.

Antibes, ou Cap Antibes como os franceses mais exigentes dizem ( lembre-se que Cap em francês é sempre sinônimo de lugar chic para onde absolutamente os elegantes viajam) é uma pequena cidade, a poucos quilômetros de Cannes e Nice com uma vida noturna agitada. Um dos bares mais famosos pertence a um argentino e tem duas brasileiras sorridentes e animadas no staff. Ponto obrigatório de parada para um apéro na Côte d’Azur.

Pode-se passar na cidade apenas uma noite e entender o porquê dos grandes nomes da literatura, artes plásticas, moda, cinema e música na primeira metade dos anos 50 escolheram Antibes como refúgio. A luz é linda, em qualquer hora do dia. Sente-se uma influência italiana e o famoso dolce far niente se soma ao art de vivre deixando todos muito felizes.

Ponto imperdível é o jantar no la Passagère, restaurante gastronômico do hotel Belles Rives, que hospedou de Serge Gainsbourg aos Duques de Windsor, que foi a casa dos Fitzgerald e que será, no ano que vem, set do mais novo filme de Woody Allen.

É preciso dizer mais?

Cap Antibes